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Gerente de transporte escolar é exonerado após acidente que matou estudante em Coxim
A Prefeitura de Coxim publicou a exoneração no Diário Oficial do Município um dia após a tragédia
TOP MíDIA NEWS/SARAI BRAUNA

A Prefeitura de Coxim exonerou o gerente de Transporte Escolar, Djair Bezerra Leite, após a morte da estudante Letícia Camargo, de 25 anos, atropelada por um ônibus escolar na manhã da última quarta-feira (12). A exoneração foi publicada no Diário Oficial do Município nesta quinta-feira (13), um dia após a tragédia.
O motorista do veículo, Cleyton Matos Campos, de 47 anos, é servidor efetivo desde 2022 e conduzia o ônibus com a CNH vencida há mais de um ano. Inicialmente, ele afirmou à polícia que mexia no celular no momento do acidente, mas depois mudou sua versão.
A secretária municipal de Educação, Marly Nogueira, reconheceu falhas na conferência documental do motorista e justificou a exoneração do gerente como medida diante da negligência administrativa. “A pasta não averiguou, então tomamos as medidas cabíveis. Já instauramos um procedimento interno para apurar e responsabilizar as pessoas”, afirmou.
Apesar da gravidade do caso, Cleyton não foi exonerado. Segundo Marly, por se tratar de servidor concursado, ele tem direito ao contraditório e à ampla defesa. Uma sindicância foi aberta, e uma comissão avaliará a situação funcional do motorista.
O acidente aconteceu por volta das 7h, na Avenida Mato Grosso do Sul, quando Letícia seguia para o estágio na UFMS. Testemunhas relataram que o ônibus estava em alta velocidade. Após atropelar a estudante, o veículo bateu em uma árvore e passou sobre a vítima. Letícia foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros e levada ao Hospital Regional Álvaro Fontoura Silva, mas não resistiu aos ferimentos.
Segundo o site DouradosAgora, a mulher era natural de Pedro Gomes, Letícia cursava o último semestre de enfermagem e estava prestes a colar grau.
Cleyton também foi atendido no hospital e posteriormente conduzido para prestar depoimento. Ele foi preso em flagrante e possui antecedentes criminais por tráfico de drogas e porte ilegal de arma, além de ter se recusado a fazer o teste do bafômetro.






