‘Nunca teve carteira assinada’: vereadores aprovam moção de repúdio a Eduardo Bolsonaro

Apenas a bancada do PL da Casa de Leis foi contra a proposta

MIDIAMAX/ANNA GOMES


Deputado Eduardo Bolsonaro. (Pablo Valadares, Agência Câmara)

Vereadores de Campo Grande aprovaram uma moção de repúdio ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL). Os parlamentares campo-grandenses não gostaram das críticas que o filho do ex-presidente fez à senadora de Mato Grosso do Sul Tereza Cristina (PP).

A proposta foi aprovada em regime de urgência, durante a sessão da Câmara da Capital desta quinta-feira (16). A moção teve 21 votos favoráveis e três contrários.

Nesta quarta-feira (15), durante uma entrevista, a senadora de MS citou possíveis nomes da direita para disputar a Presidência em 2026, sem o mencionar.

Em uma rede social, Eduardo criticou a senadora e ironizou os critérios usados para definir quem seria um nome viável da direita. “Assim, fica parecendo que seu conceito de viabilidade é aquele que se enquadra no seu interesse pessoal', escreveu. Ele ainda acrescentou que Tereza seria capaz de representar “interesses dos grandes capitais do país'.

A crítica virou assunto na Câmara de Campo Grande. A bancada do PL votou contra a proposta. Ana Portela, Rafael Tavares e André Salineiro não foram favoráveis à moção, apesar de elogiarem o trabalho da senadora sul-mato-grossense.

Teve também vereador que elogiou Eduardo mesmo votando favorável à moção de repúdio. Herculano Borges, do Republicanos, votou ‘sim’, mas ressaltou que o deputado está fazendo um bom trabalho.

“A esquerda quer dividir a direita. Eduardo está sendo importante, lendo informação para a imprensa internacional. Fiquei dividido, mas vou votar favorável”, disse o vereador.

Na contramão, teve parlamentar que criticou as falas do filho do ex-presidente. O vereador Landmark (PT), disse que Eduardo Bolsonaro “está fazendo um bom trabalho em espalhar fake news nos Estados Unidos”. Carlos Augusto Borges, o Carlão do PSB, ressaltou que Bolsonaro “nunca teve uma carteira de trabalho assinada”.

(Revisão: Dáfini Lisboa)